terça-feira, 4 de novembro de 2025

OS MAHASATTVAS

 


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A palavra Mahasattva provém do sânscrito; "maha" grande; "sattva" ser. Literalmente, traduziríamos como "grande ser". Seria correta a designação como "um grande ser iluminado”, e vem ser bodhisattva que atingiu pelo menos o sétimo dos dez bhumis.


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Geralmente personificar figuras arquetípicas que salientam virtudes que o ser humano deseja alcançar, assim como poderes dos quais os seres humanos necessitam para resguardar seus caminhos trilhados entre suas próprias imperfeições.

 

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1. Manjusri. Literalmente manjusri significa "suave glória", na linguagem sânscrita. Vem ser o mais antigo dos Boddhysattvas. Traz em si a figura arquetípica da sabedoria transcendente. Esclarece os pontos mais difíceis dos ensinamentos. É o Boddysattva da sabedoria, mas traz em si a força que esta sabedoria representa. É representado, portando,  com uma espada em suas mãos, a "Vajra", que simboliza a ação penetrante do poder da sabedoria, que atravessa e liberta os seres da ignorância e de "Maya", as ilusões que entorpecem o entendimento.

 

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2. Samantabhadra: Do sânscrito: o “digno universal". ("Samanta", algo universal; "bhadra", algo bom). Está associado à prática da meditação. Percorre o mundo em todas as direções predispondo a harmonia interior, essencial àqueles que iniciam e trilham a senda meditativa.

        É o patrono da Sutra do Lótus,  é um dos sutras da escola Mahayana mais conhecido e que também exerce maior influência nos estudantes. Neste Sutra, segundo muitos autores, contém os ensinamentos finais de Gautama Buddha, com os ensinamentos necessários para a plena iluminação.

        Samantahadra é também conhecido por ter feito os "dez grandes votos", que enlaçam a perspectiva e o propósito de todo Boddhysattva.

 

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  3.Mahasthamaprapa:Do sânscrito "maha" significa grande; "sthama" significa poder e "prapta" aquele que traz. É, portanto aquele que traz a grande força. Traz em si a imagem arquetípica que configura a força de superação, a vontade que determina e o dinamismo que inaugura a vitória. Em suas representações traz a flor do lótus em suas mãos, a qual é um símbolo da emancipação, a flor que supera o lodo exalando a beleza contrastante.


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4. Akasagarbha: Seu significado, do sânscrito, vem ser: "gharba", tesouro; "Akasa", espaço ilimitado, portanto, "tesouro do espaço ilimitado". Pois sua sabedoria é considerada ilimitada como o próprio espaço. Está associado ao grande elemento "Akasha", de cuja sutileza se engendram a concretude dos mundos. Configura-se, portanto, com a figura arquetípica diretamente relacionada ao Akasha, a qual se constitui como a essência, e todo seu adjacente poder transformador.


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 5. Kṣitigarbha:

É o Boddysattva dos Grandes Votos. "Ksiti", na linguagem sânscrita, significa Terra, "garbha" significa Ventre. Seria "aquele que abriga a Terra", ou não literalmente, "tesouro da terra". É aquele que fez os inabaláveis votos de suporte e acolhimento de todos os seres, votos estes sólidos e extensos como a própria terra. Gautama Buddha descreve na Sutra sobre os votos originais do Boddhysattva Kstigarbha que este, em muitas vidas, atuou como filho ou filha buscando o direcionamento de seus pais no caminho sagrado da iluminação, por esta razão, se apresenta como uma figura arquetípica do amor filial, no respeito, no zelo e no mais pleno espírito da gratidão. Suas representações comuns aparecem como um monge em cuja cabeça há uma espécie de auréola, carregando um bastão, para escancarar as entradas dos mundos inferiores, e uma pedra cintilante para trazer a luz nos sombrios caminhos da insensatez. 

6. Sarvanivarana - Vishikambhin: Ele é o removedor dos obstáculos para garantir as práticas meditativas

        Sua figura arquetípica, contudo, carrega em si a virtude de aplainar os caminhos, removendo todos os obstáculos que as sugestões contrárias podem interpor na senda da iluminação.

        Suas representações se configuram como um monge com uma pele de tigre em volta da cintura e uma guirlanda na cabeça.


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7. Avalokitesvara: Literalmente, do sânscrito, vem ser "aquele que ouve os clamores do mundo". É o Boddysattva que corporifica a compaixão, o amor e a benignidade. Alguns autores denominam-no simplesmente como Buddhas da Compaixão.




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O Sutra do Lótus (Saddharma Pundarika Sutra), que é o ápice da literatura budista, faz a ele referência como capaz de assumir os mais diferentes aspectos, os quais são possíveis de se constatar através das representações que se faz do Avalokitesvara nas diferentes culturas do continente asiático, que vão desde as formas que se expressam com a ostentação de grande poder às mais humildes e simples configurações, sejam humanas ou não humanas, masculinas ou femininas, que buscam encaminhar todos os seres nos caminhos da iluminação. Diz-se que o Avalokitesvara é um antigo Buddha, das eras pretéritas, que, após a sua plena realização, se manifesta como um Boddhysattva, renunciando ao Nirvana para auxiliar a humanidade.


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Conforme mencionado acima, o Avalokitesvara assume diferentes formas em diferentes culturas, entre as quais os gêneros, masculino e feminino. Entre as figuras femininas a mais conhecida vem ser Kuan Yin, que em chinês significa "observa os clamores do mundo". Também conhecida como a Deusa da Misericórdia, Kuan Yin é o modelo arquetípico da compaixão, da misericórdia e do amparo. Amplamente conhecida na Ásia, a partir do século vinte tornou-se conhecida no ocidente, e seu modelo de mãe acolhedora despertou nos países ocidentais elevado sentimento de veneração.


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Muitos são aqueles que se concentram no nome e na figura dos Boddhysattvas para com que seja estabelecida a conexão com os aspectos transcendentes que emanam de sua configuração. 


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8. Boddhisattva Maitreya:

É o Buddha do futuro. Virá quando o mundo, em sua maioria, tiver olvidado o verdadeiro sentido do Dharma, "o caminho correto", a senda da perfeição. Segundo as escrituras, reiniciará o atual ciclo iniciado por Sidarta Gautama Buddha. Seu nome provém da raiz sânscrita "Maitri" que significa "o amoroso". Existem inúmeros cálculos sobre a data da chegada de Maitreya, desde cálculos de que já tenha chegado até um futuro de milhares de anos. É, no entanto, uma incógnita a o período de seu advento. É também muito provável que possa adentrar em nosso meio com a chegada da Nova Era de Aquário.  Por esta razão, muitos fazem a este a referência como “O Buddha da Era de Aquário”.


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Há uma história que, alegoricamente, enuncia a natureza essencial de um Boddhysattva.

        Dois homens, extremamente sedentos, atravessavam uma terra de acentuada aridez, e, após uma longa e extenuante caminhada, deram por encontrar, atrás de uma inóspita colina, uma fonte de água límpida. Após saciarem a sede, seus olhos como que se abriram, e notaram que a fonte fluía para uma grota, formando um pequeno riacho que se avolumava mais e mais conforme descia às terras baixas. Subindo em uma elevação, notaram que o riacho, gradualmente, era cercado por terrenos cada vez mais férteis, até  engrossar o arvoredo, como um paraíso que, lentamente, se formava substituindo o panorama desértico.


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Um deles diz assim: "Meu Irmão, sigamos o rio. Chegaremos às planícies férteis e colheremos os frutos das incontáveis árvores que vemos mais adiante!"

        Ao qual o outro replicou: "Eu votarei atrás dos nossos outros irmãos que estão ainda perdidos no deserto, para que, assim como nós, sorvam desta água cristalina, e possam retornar à vida".


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"Está bem, meu irmão, sua intenção é sublime, e faço dela um aprendizado em minha alma. Porém segurei o caminho do rio, e poderei ajudar a todos quando reencontrarmos”. — Disse o outro.

        Terminadas suas palavras desceu o rio. O outro, porem, retornou à sequidão fazendo, a cada quilômetro, marcos de pedra para resguardar os caminhos da salvação. Este último é um Boddhysattva. 


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Sempre necessitamos daqueles que conhecem os caminhos das fontes, e deveremos ter a humildade de aceitar suas instruções, da mesma maneira que este possui a humildade de retornar a atenção àqueles que vagam sem rumo nos desertos da existência.


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Mais sagrado que uma fonte nas paragens inóspita é aquele que retorna para indicar seu caminho. Abençoado é aquele que aprende. Abençoado é aquele que ensina. Tudo tem uma finalidade, nada é por acaso, só nos completamos plenamente quando vivenciamos a perfeita unidade. Esta é a plenitude do Amor. Todos somos Um.


FONTE:
S.F.

Do Texto "Os Boddhysattvas".

travessianovaera.blospot.com


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